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    sexta-feira, 5 de agosto de 2011

    NA GLÓRIA DO DIA QUE AMANHECE

    Muito De Flamengo Num Só Dia
    “Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
    Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
    E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”.

    Salve Nação majestosamente plebéia! É com esse poema da escritora temporã Cora Coralina que inicio mais essa aula flamenga onde humildade e arrogância se entrelaçam para juntas formarem do “uma vez” até “eu sou”, todos os versos que embelezam nosso hino.

    O povo multicolorido de sotaques engraçados, complicados, por vezes mal interpretados vive uma lua de mel com os soldados que magnificamente honram a armadura que os revestem e trazem consigo após cada batalha o cheiro da vitória, o mais repetitivo aroma, mas que jamais nos cansaremos de apreciar.

    O flamenguista é vitorioso de véspera, mas só comemora quando o árbitro anuncia o fim da partida. Flamenguista é pé descalço. Flamenguista é pé no chão. O Flamengo é o colo que acolhe, o braço que envolve a palavra que conforta, a alegria que contagia, a lágrima que corre, o olhar que acaricia, o desejo que sacia e o amor que promove, como fora dito nos versos da eterna escritora que brinda nosso post.

    Somos povo dotado de espírito nobre caprichosamente preso a uma carcaça, na maioria das vezes, pobre. Ouvimos aos montes história de time A, time B, time V, mas o que poucos sabem é que o Flamengo, ao contrário do que pensam esses indoutos pela própria natureza, é processo evolutivo. Não voltamos as próprio vômito como tantos de “histórias lindas”. Nosso Rubro-negro é nascido de um renegado, irritado com a burguesia que outrora falsamente lhe afagava. Borghetti queria mais. Borghetti queria tudo. Borghetti queria o mundo. Borghetti queria o Fla.

    Alberto Borghetti foi o primeiro a encabeçar a lista dos renegados desse Brasil de encantos mil que em pouco tempo acharia no time de cores fortes e escuras o que dava sentido as vossas vidas. Livre de um passado onde os excluídos eram rejeitados, o Flamengo correra em direção a luz. E que paradoxo. A luz vinha de onde a burguesia tinha por trevas. A luz veio do gueto, veio das gentes, varais de roupa hasteavam nosso manto como mais um território conquistado e os gritos vazios de dentes e lotados de contos, cordéis daquela gente, nos fazia ecoar pelo mundo. Heróico brado retumbante. Nosso grito chegara e conquistara o Japão.

    Evoluindo sempre e mantendo a máxima do processo evolutivo, nosso clube de regatas fazia o caminho inverso dos grandes conquistadores. Do mundo pra casa, conquistamos o país.

    O Flamengo não se pode entender e um coração flamengo jamais se mensurar. Nem curto, nem longo, mas intenso, verdadeiro e puro enquanto durar. Nosso sentimento flamengo é eterno e embora não tenhamos ninguém que volte e nos comprove, alguém duvida que esse amor transcende as barreiras do campo da vida?

    Ser Flamengo é ser aluno e também o professor. Aprendemos e ensinamos ao nosso amor maior. Se falta garra, lá estamos. Se falta fé, lá estamos. Se a coisa vai bem, gozamos juntos e se vai mal, sofremos juntos. Não damos as costas pra equipe, pois o rubro-negro traz inconscientemente anexado ao seu caráter uma das (senão a) mais marcantes frases de Cora Coralina. Em seu poema “DAS PEDRAS”, a anciã diz: “Entre pedras cresceu a minha poesia.Minha vida... Quebrando pedras e plantando flores. Entre pedras que me esmagavam levantei a pedra rude dos meus versos”.

    Um verso que conta muito de Flamengo. Quem suscitou mais flores das pedras que nosso Poderoso Rubro-Negro gerador de gerações geradas em meio a espinhos?

    Cora ainda afirmava que uma história bonita não estava em ceder, dar oportunidades, ainda que tais atitudes tragam consigo seu próprio galardão, mas uma história bonita é aquela onde os ajudados e os que ganharam oportunidade tiveram apoio suficiente para contar sua própria biografia.

    De acordo com nossa moça senil “o saber a gente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria, se aprende é com a vida e com os humildes”. E coberto de certezas e explodindo em alegria afirmo que os mulambos são sábios, não para si mesmo em esdrúxula vanglória, mas são notáveis em sua humildade e exalam sabedoria.

    Porque ser Flamengo não é isso, é muito mais que isso. Ser Flamengo é algo mais e só quem é Flamengo sabe disso.


    Flamengo até na Reencarnação!

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