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    sexta-feira, 25 de novembro de 2011

    TORCER SEM ABDICAR DO INTELECTO E DA HUMANIDADE

    Gatinhas, Rivais E Sem Mulher-feiagem

    Salve Nação Campeã do Mundo! A tensão que precede a reta final de Brasileirão tem como característica principal o enervamento maiúsculo dos súditos das equipes envolvidas diretamente numa disputa por vaga ou fuga do descenso, o que também de modo direto influi nas mentes juvenis subdesenvolvidas no que tange ao incitamento de agressões físicas e verbais. Qualquer ser proveniente do mítico Australopithecus (o Proconsul era muito deprimente) possui inerente à sua personalidade a capacidade de processar, analisar e então tornar palpável toda e qualquer atitude. Portanto, julgo inadmissível que em pleno século XXI, o mundo miscelânico, a maconha prestes a ser liberada pra geral sentir a brisa, evoluções tecnológicas mil e ainda tenha gente que se preste a tornar o futebol, válvula de escape tupiniquim ante as tragédias sociais que explodem em nossos rostos, numa máquina de guerra.

    Pensava eu, no alto de meus 20 e poucos anos que a maior burrice do futebol fosse afirmar que com ele nada ganhamos e que os únicos a lucrarem são os atletas, dirigentes e chefes de torcida, mas hoje vejo que a maior burrice não é afirmar e assim acreditar. O futebol além de ser uma enorme engrenagem geradora de milhões de cifras é para muitos o bálsamo em meio a dores, é o integrador, o pacificador. O futebol é – falo com a autoridade de quem vive – uma enorme rede de relacionamento onde muitos tiveram a felicidade de encontrar naquele adversário da arquibancada, no bêbado da zoação, no chato da poltrona, um amigo, fiel, parceiro, braço pra todas as horas.

    Um exemplo simples é meu brother semi-salvo, Thadeu Valadão, que participou do mítico debate Fla-Vasco no primeiro turno. Tô pra te dizer que se ele fosse Flamengo não seríamos tão amigos. O cara é vascaíno dos bons (não sabia que isso existia, mas é vero), daqueles que fala a escalação e antes do jogo começar já sabe se o treinador fez merda ou não. Enquanto eu... vocês sabem.

    Somos amigos de latinhas, detonamos altas Brahmas, racha fim de semana, festas e até jogo do Vasco em ambiente pateomaltotemplarioescravagista eu já assisti no amparo do cara. Te pergunto. Onde que o futebol não me faz ganhar nada?

    No estádio sou o mulambo rubro-negro que enxerga no lado adversário um monte de iludidos maltratados pela vida, mas na rua sou o mulambo rubro-negro que enxerga naquele monte de iludidos maltratados pela vida potenciais amigos. Minha mente de inteligência mediana se ajumenta quando incapaz de compreender o tamanho da escama que torna seres humanos teoricamente dotados de raciocínio lógico em animais irracionais que fazem de uma diversão uma chance indispensável de cometer jumentices surreais.

    Esse blog é casa flamenga, mas aqui não habita exclusivismo mesmo eu estando ciente de que nossa superioridade numérica e histórico-desportiva seja acachapante mundialmente falando e se torne um bullying quando comparado aos nossos ex-rivais feiosos de passado cabuloso e impróprio para menores de 18 anos.

    O FLAGAIATO recebe de braços abertos quem quer que seja, independente de credo e etnia. O único pré-requisito para que felicitemos e recebamos sem distinção é que o leitor tenha a inteligência mínima. Mínima a ponto de compreender que ser torcedor e gente ao mesmo tempo é totalmente possível e compreensível.

    Flamengo até na Reencarnação!




    PS: Aê galerinha. Não deixem de curtir todas as segundas-feiras minha coluna esportiva no Bandeira Dois. Bora lá repetir a moral que vocês sempre me deram aqui. Valeu!

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