Nação. Patrimônio Cultural Da Cidade Do Rio De Janeiro |
Salve Nação! Sabadão esquisito, Amy Winehouse enfim se rendeu e sacramentou sua morte já ocorrida há décadas, um bando de gente que sempre meteu o pau vai aparecer prestando pseudo-solidariedades e o debate quanto às drogas virá à tona mais uma vez. Sob uma atmosfera dessas fica difícil concentrar na partidinha contra o pequeno Ceará hoje a noite lá em Macacity. E aproveitando que drogas será o assunto da semana, falemos sobre investimentos fúteis, o que é uma super droga.
Andando pelas ruas, navegando nas redes e até escutando radinho de pilha fica notável a mobilização de nossa diretoria para angariar fundos para a melhora do CT e uma possível construção de um estádio. Pode até dar certo, desde que a fórmula a se utilizar seja a européia. Verdadeiras engenharias que transformam reles estádio em assustadoras arenas onde os rivais são humilhantemente massacrados só de pisar no gramado.
O Boca Juniors criou algo parecido em tamanho reduzido e que deu certo. Falar em Bombonera assusta e jogar apavora. Portanto, se formos construir de fato outro estádio (porque a Gávea é um estádio, só que incapaz de comportar nossa massa ensandecida) que façamos direito no que tange ao psicológico alheio, retorno da verba e títulos - este, fator fundamental e pedra angular dessa epopeia. Assim deve ser o planejamento.
Dinheiro não dá em árvores, os tijolinhos estão caros pra carai e a Nação já não tá levando fé. Então não me venham com uma réplica de São Januário, senão o bicho vai pegar. Aliás, o estádio citado é um bom exemplo de como erguer algo errado.
O campo que fica no bico do corvo e serve de monumento na favela pode ser comparado à uma construção inca. Legalzinho, chama a atenção, mas não serve de porra nenhuma. Estádio é zicado, tem fama de azarão, rebaixou a equipe da casa, meteu jejum de quase uma década e o time só conseguiu ser campeão obtendo bons resultados fora de casa. Ta aí um exemplo que não devemos seguir. O pobre do Botafogo cismou de jogar com os Gambás lá na pocilga supracitada e deu no que deu. Sova “em casa” e o dedo do goleiro dos caras (desavisado) foi parar lá na costela.
Sem contar que um estádio tão pequeno tende a reduzir os ganhos de qualquer clube. Vejam o Santos e as finais da Liberta sendo jogados no Pacaembu. Até mesmo o Vasco e jogos importantes da Série B mandados no Maraca. Vila Belmiro e São Januário não são nem perto o que seus idealizadores imaginaram ser. Casos em que quando mais se precisa, o pior lugar acaba por ser o lar.
E Estádios são construídos com a idéia de inicial de lar. Um cantinho onde o clube da casa pode jogar à vontade e com o apoio de seus adeptos na esperança de conquistar títulos. Quando esse objetivo não é alcançado, não há dinheiro e decoração no mundo que faça valer a pena tal investimento. Logo, esse papinho de “eu tenho estádio” só vale se sucedido de “eu tenho títulos”.
Flamengo, Real Madrid, Milan e Inter de Milão são exemplos de clubes que alugam estádio e são campeões. Por que clubes de tamanho quilate como os europeus não construíram para si uma arena própria? Simples. A fórmula do inquilinato num estádio que suporta o peso da torcida tem funcionado e não vale mexer no que está dando certo.
Nossa máquina rubro-negra nunca teve (nem terá) uma casa que seja digna do manto que vestimos e a flâmula ostentadora de glórias que envergamos, todavia se for para depositar faraônica quantia em algo, que este seja pelo menos maior que o Maracanã, que já provou não suportar e Nação em dia de frenesi.
Então está dado o aviso à Tia Paty, sua gang do mal e a mulambada sem dente mais feliz do planeta que deseja comprometer parte de sua renda nessa causa nobre. Vamos agir com inteligência, porque quem assim não faz, acaba passando vergonha, rebaixado em casa e com um cidadão cheio de tóxico na mente querendo se jogar da cobertura e cometer um harakiri.
Flamengo até na Reencarnação!
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