A REGRA É CLARA

O Brasileirão É ACME

Salve Nação! Eu estava demasiadamente aflito com a extinção do planeta, fazendo meus últimos projetos, planejando viagens, comprando todos os sábados um refrigereco no BRAMIL pra ver se faturo um tour de helicóptero sobre a cidade, com a rota que faria nu toda planejada quando uma luz brotou em meu cafofo. Sim, era apenas um vagalume, mas que veio como uma mensagem dos céus me afirmando que algo eu não havia examinado. Isso mesmo, havia deixado de lado justamente a regra maior desse campeonato nacional que faz até o Barcelona se borrar. Norma essa que afirma que “O campeonato Brasileiro é um Torneio ACME."

Vocês se lembram dessa firma mundialmente conhecida e eternizada pelo incansável Coyote (que deve ser Botafogo, tamanha a sua insistência e insucesso em todas as suas tentativas) onde todas as suas engenhocas são confeccionadas e distribuídas pela empresa ACME. Certa vez aprendi em algum lugar o porque do inimigo do Papa-Léguas nunca obter êxito em suas tentativas. As empresas ACME não fazem produtos para funcionarem a serviço do mal. Por isso a sequência de ferro sobre ferro que muitos vilões da telinha tem ao adquirirem equipamentos dessa marca.

E o Campeonato Brasileiro é muito ACME. Faz tempo que não presenciamos um time que fature o torneio-mor da nação sem fazer por merecer. Uns dirão: Mas o Flu nem ganhou a Série B e faturou o Brasileirão. Onde está a justiça nisso? Ora, amigos. Aí está a benignidade inserida em tudo quanto leva o nome ACME. O Flu só faturou a Série A para sentirem o quanto é ruim levar o maior caneco da Nação e ter que comemorar baixinho por causa de contas pendentes com a justiça desportiva. Podem ter certeza que após sua iminente queda (que se aproxima na velocidade da luz solar às 6 da matina sobre a Terra) tal título será como o tapa na cara no enterro da mãe, mais doloroso que apanhar de chinelo pro cara que roubou sua namorada.

Desde que as Indústrias ACME assumiram o posto de justiceira do Brasileirão tudo mudou. Não vê há quanto tempo o Corinthians tenta e nada leva? E a queda do time de estádio sem cobertura e cruz errada na camisa? Aliás, toda essa constatação me dá a certeza de que o time de faixa genérica não leva esse caneco nem que chova Coca-Cola. É injusto que um timeco feio de torcida mercenária se sobressaia numa competição onde há elencos melhores, clubes maiores, torcidas mais dignas e equipes que usam o lema de que “faixa na camisa só a de campeão”.

Assim sendo poderemos eliminar um por um e perceber quem levará o torneio de acordo com os requisitos Acme. Vasco, Flu e Corinthians já foram descartados. São Paulo já faturou demais ultimamente. Botafogo não tem como fazer carreata, pois essa exige pelo menos 3 pessoas – o motorista, o que segura a taça e o que segue o carro- e infelizmente eles não tem esse número de torcedores desde a Segunda Guerra. Os Mineiros... O Bahia... Os Gaúchos... Os outros Atléticos... E geral que sobrou (exceto um certo rubro-negro) é representante de Série B em Série A. Como o Flu.

Logo só restou um time sempre da elite, hegemônico brasileiro em campo, salvação estadual na pilha nacional que pede mata-mata de Mundial, dono da maior torcida do Mundo, a mais apaixonada e que vem provando ser amante incondicional antes de tudo, porque vi por muito menos um monte de gente recém-rebaixada dar as costas e balançar dinheiro pra um time que terminou o Carioca desse ano em sexto. ¬¬

Logicamente, o caneco virá voando para nossas mãos como Jerry em direção ao queijo. Será na moleza, na maciota e a recuperação de nossa vaga, agora guardada pelos flanelinhas de São Janu Mangalô Três Vezes (o estádio do Vitória desde 2008) começará na próxima partida diante das frangas mineiras.

Já desenterrei os mantimentos, trouxe o play a superfície e estou no aguardo do final do ano. Vou até treinar a biritagem no Piraí Fest. E você, não vai se preparar? Bora treinar a deglutição alcoólica para que a festa do Hepta não vire um festival de regurgitação.

Flamengo até na Reencarnação!