MATA NO PEITO E SEGUE O JOGO

Gaiato Como Um Geraldino

Um salve a geral que frequenta esse blog! Sei que o último texto não tem nem 24 horas, mas durante uma conversa que tive ontem a noite achei por bem esclarecer algumas coisas nesse espaço flamengo onde os anseios dos pelados de mundial encontram uma verdade nua e bem dotada.

Gostaria de deixar bem claro ao torcedores do Vasco, Botafogo e dos convidados da Série A que sempre que posiciono meu traseiro virgem nessa cadeira e preparo minhas mãos flamengas para escrever um post é como se nessa hora incorporasse um personagem, ou pra ficar mais claro, um ser gaiato de importância secundária em minha vida, mas que se faz presente sempre que vejo uma camisa com estrelinha amarela inventada. Quando aqui escrevo me imagino num quiosque a beira da praia, tomando um gelo, sem porra nenhuma pra fazer, um monte de mulher de biquíni passando e um garçom vascaíno puto da vida, doido pra eu ir embora, mas eu insistente de que meu papel sobre a terra é levá-lo ao harakiri – se bem que vascaíno no suicídio não costuma se dar muito bem.

Tecer um texto para vocês, moçadinha, é um passatempo que muito me alegra e que faz com que muito me exija. Se falo que o vascaíno não sabe que cruz adorar, que o Botafogo é o irmão de classe do América, ou o América é o Botafogo do futuro, ou que o maior feito do Fluminense até hoje foi apoiar a cultura nacional emprestando a sede para o Circo Garcia, assim digo por ser a verdade, todavia qualquer exagero na forma de demonstrar tais afirmativas vêm desse ser gaiato que toma a frente na personalidade e aqui despeja seu veraz besteirol.

O que quero dizer com isso? Quero dizer que não é necessário ficarem putos, dar faniquitos, chorar até emelecar a cara toda, nem mesmo contar pra mamãe que o Jo tá fazendo chacota com a sua cara. Limpa essa face judiada e toma postura de gente! O blog é primeiramente flamenguista, mas não exclusivamente. Sei que recebo (e agradeço) acessos dos mais variados povos das mais variadas divisões do futebol nacional e entendo a necessidade de carinho que estes precisam desde que suas pregas foram arrebentadas em passados não tão distantes. E por isso em jogos da seleção dedico o blog inteiramente a falar do time pátrio. Em tais dias o FLAGAIATO funciona como um hipoglos à suas bundas assadas. É como um hemovirtus às vossas flores de couro que insistem em brotar nos meios teus. Sendo assim todo mundo ri, todo mundo sai feliz, todo mundo ganha bolo e vai embora de pança cheia.

Em tempos atuais onde o ser humano fez a incrível descoberta de que toda a sua incapacidade argumentativa e deficiência intelectual “pode” ser compensada com golpes de punho e chutes, é sempre bom deixar claro a que viemos. Não quero ser o Muhlenberg da vez e ser agredido por um Zé despregado qualquer que pensa ter bosta pra cagar só porque tem um monte de Mané dispostos a colar suas bolas com saliva. Um filho duma leviana cujo maior músculo pensante do corpo se encontra atrelado a orifício inferior de sua carcaça não merece meu respeito.

Não pensem que nunca sofri nenhum tipo de ameaça kid, porque já sofri. Porém, graças a Deus tenho parceiros nesse espaço que possuem uma paixão clubística dedicada a outro time, mas que entendem o objetivo do blog e me tornam sempre ainda mais querido pela rapeize de escolha diferente da minha. Entro e saio de bares vascaínos e tricolores como se um deles fosse – o que considero um bullying, mas... – e só não faço o mesmo num bar de botafoguenses porque nenhum empreendimento sobrevive com apenas 3 clientes sendo que 2 são diabéticos e um tem Parkinson.

E nessa toada vou que vou, seguindo em frente estilo urubu cruel, sempre sonhado e, com a ajuda divina e as vossas, realizando. Lembrem-se: Se aqui escrevo do Fla e de alguma forma o passado negro e/ou o presente fedorento de vossos times lhe vêm a mente, foi mal mesmo. O ser gaiato que aqui escreve pode ser um vagabundo, bebum, chato pra caramba, mas mentiroso ele não é.

Flamengo até na Reencarnação!