Coisa De Quem Possui Mundial |
Salve Nação mais satisfeita do planeta! Não sei o que ocorre que o blogueiro que vos escreve, mas ultimamente minha mente tem dado um pause e construir um simples texto para informar-vos tem sido de veras complicado. Ainda bem que existem em números expressivos uma grande quantidade de rebaixados e sem Mundial (às vezes presos num só ser) que sempre soltam uma pérola e fazem a minha e a vossa alegria.
Hoje mesmo passava pelas redes de relacionamento quando vi um grupo de pessoas discutindo sobre o que realmente importa na vida útil de um clube. Ora bolas, se eu fosse sucinto nessa resposta, o texto acabaria aqui, mas minha veia flamenga me impulsiona ao paraíso do sarcasmo, adjacente a escrotização onde estacionarei, montarei meu estandarte rubro-negro e nesse nosso espaço ultra-frequentado arregaçarei aqueles pregas outrora esfaceladas pelo KID Série B que sempre desprega quem não tem moral de se manter por toda a vida pela Série A.
Como pode um ser provido (pelo menos na teoria) de massa encefálica acreditar que serviços prestados à sociedade podem ter maior peso num clube do que títulos? Será que algum asno sapiens sapiens vai ao estádio para ver quantos negrinhos foram retirados do carvoeiro, ou quando velhinhas atravessaram a faixa, ou verificar qual o tamanho do prato de Neston que os meninos da FEBEM estão tomando? Creio que os que ao estádio vão, lá estão na esperança de ver gols, dribles e principalmente a vitória do seu time.
Em anos acompanhando esse esporte cuja massa ralé tomou conta no Brasil, nunca vi cânticos como “O mantimento não acaba, pois todo vascaíno vive contribuindo para o bem da minha nação”, ou então “E ninguém para esse doador. Vem pro Maraca, doa sal e fubá. E com muito amor!”. Isso é ridículo. O que vejo é um bando de adeptos apaixonados que gritam, cantam, xingam, blasfemam e saem roucos na esperança de um título de seu time do coração.
Se boa ação fosse expressivo, a Pastoral da Criança seria o atual campeão mundial. Vejam o Vasqueta. Ajudou negros, pobres, gente descalça, colocou cruz errada no uniforme, caiu pra Série B, amargou um jejum que durou 2 Papas e nada pode impedir a crise. Se fazer caridade ajudasse, o Fluminense teria vendido até as calças pra não ter que ir no tapetão arrancar ponto do São Raimundo e faturar na mão grande a Série C – eu disse Série C.
Todo clube que se projeta pro cenário esportivo, seja ele amador ou profissional corre atrás de títulos, e qualquer reconhecimento extra-campo são tidos como glórias secundárias, dignas de créditos, mas insuficiente para acalentar uma crise ou levar a torcida às ruas. Nunca vi um clube investir em bonzinho. Se assim fosse, Edmundo não seria jogador, Adriano estaria soltando pipa na Vila Cruzeiro e a Madre Tereza teria fechado junto ao Real Madrid a maior contratação da história. O Brasil, por exemplo, poderia ter na Copa de 2014 um ataque formado por Didi Mocó e Xuxa a bordo do time do Criança Esperança.
Ou melhor, peguemos uma criança e digamos a ela pra torcer por um clube bonzinho ou um clube campeão. Veremos o que vai dar.
Esse povinho sem Mundial e de frinfa dilacerado me faz pegar nojo com seus argumentos fúteis, típicos do cara que diz preferir brócolis só porque não possui uma peça de lagarto ou um filé pra comer. Não é vergonha estar na merda – é sim, mas pra não ficar chato vamos fingir que é normal. Vergonha é colar um monte de capim do cocô para se disfarçar e fingir que é moita. Não percebem que o cheiro que exala de vossas camisas sem estrelinha amarela oficial vos entrega e declara-vos perante a sociedade quem realmente são?
Se você é monobrasileiro, tri-rebaixado, viu seu time cair dentro de casa, não sai do Brasil há quase 20 anos, é sempre vice do meu Mengão ♫ ou coisas do gênero, relaxe. Fique de canto e espere uma brincadeira onde seja possível debater com nariz emparelhado.
Só não vem com esse papinho demagogo ridídulo só porque seu clube alugou a sede em prol da cultura nacional. Ué. Circo é cultura gente. Eu, por exemplo, sou super fã do Palhaço Tiririca.
Flamengo até na Reencarnação!
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