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    quinta-feira, 23 de junho de 2011

    PARABÉNS PRA VOCÊ

    Salve Nação Rubro-negra, eu sei que desde ontem algo aperta vossos corações, um ardor imensurável, uma vontade de gritar incontrolável e nada parece conseguir explicar tamanho êxtase. Também sofri diante de tão esquisito fato nesses tempos de vaca média, mas ainda em tempo aceitável nosso sentido campeão, alerta de todas as horas fez vir a tona o que tanto nos afligia. Nação, ontem fez 23 anos que nossos ex-rivais da nau furada faturaram seu último título sobre nosso Colosso Alado.
    Isso mesmo, dia de cervejada total quase desperdiçado se não fosse minha gaiatez flamenga sempre bombardeando meu consciente vencedor.
    Como ninguém que freqüenta esse espaço flamengo tinha alma na última passagem desse fenômeno mais raro que o cometa Halley ou cura sobrenatural de câncer, farei um breve comentário para torná-los cientes do que ocorreu naquela noite de 22 de junho de 1988.
    Como sempre o palco era o imortal Maracanã e os favoritos éramos nós ,maneirões rubro-negrados sempre em esmagadora maioria na arena-mor do futebol da galáxia. Horas antes do jogo o técnico Carlinhos barrara Leandro que havia “ramonzado” um jogo antes, o que influenciou no desempenho geral da equipe e certamente passou a paçoca estadual para as maõs da padeirada. Ao fim, um ex-rubro-negro, Cocada, fez o gol dos caras da nau furada e esses foram campeões. Fato raro, mas até aí nada demais.
    O problema maior foi que o lateral com nome de doce baiano blasfemou tirando a camisa e zoando nosso sofá de reserva, o que fez com que os deuses guardiões da pelota carioca se emputececem de forma voraz e sentenciasse a vergonha eterna o timeco bi-vice do mundo.
    E pra piorar e comprovar que isso tudo é fruto de praga superior, o cara que entrou aos 41, fez gol aos 44 e foi expulso aos 45, findou sua melancólica carreira pelo “Muller Master” (um time de pelada de seu irmão Muller, ex-bambi e seleção brasileira) depois de passar totalmente sem brilho pelas tricoletes cariocas.
    Sem contar que 20 anos depois os deuses deram a lapada final, o tapa na cara, o chute no traseiro e a moca bem dada que dá gosto de sangue os jogando para a série subalterna do futebol nacional.
    E nós, mortais da elite que transformamos momentos esquisitos em lendas inimagináveis, comemoramos e zoamos geral lembrando a galegada safada sem mundial que sentenciou sua minúsculo e inexpressiva torcida a não renovarem o quarto com pôsteres maneiros durante 8 anos, que há quase 13 milhões de horas que um viceíno não sai do estádio feliz e um rubro-negro triste.
    É a vida e como diz a máxima dos vencedores atuais baseados num clássico da literatura grega: Chupa e cospe!
    23 anos Yoshiro. Muito tempo né?

    Flamengo até na Reencarnação!

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