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    sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

    O PODER DE ABRAÇAR

    Não Precisa Esquecer. Apenas Faça O Que É Proveitoso

    Nação, hoje vou contar uma história pra vocês, que com certeza são filhos, amigos de alguém, porque acredito que ninguém aqui nasceu de mandinga.

    Certamente, independente do credo que tenha já ouviu a frase (transformada num clichê) “o homem é pecador” ou outra versão como “somos passíveis de erro”. A humanidade ainda apanha dessa frase exatamente por não conseguir compreender como um recém-nascido, ainda sem consciência nem chances de demonstrar sua possível maldade possa ser considerada pecadora. Eu enxergo o pecado além do sentido religioso, num sentido que atinja até mesmo o cético, o vejo como sinônimo de falho, errante, ou como na frase citada passível de erro.

    Não importa o quanto você se esforce, tente, treine, finja, se ocupe em relutar, o deslize é tão inevitável quanto o achincalhamento e punição que o sucedem. Todavia cabe a poucos, infelizmente, um poder que não é natural como o erro ou a punição, mas necessita ser trabalhado ao longo da vida – o perdão.

    Obviamente pela foto do post e pelas palavras supracitadas vocês sabem que me refiro ao lance do grande Deivid.  Sim, grande. Um jogador que nunca se omitiu, não abandonou o time, não falta treinos e respeita a torcida (mesmo ela sendo contra desde seu primeiro minuto na Gávea). Por muito menos, nosso ídolo mais recente, Petkovic, deixou-nos no intervalo do jogo e foi pra casa durante um Fla-Flu que perdíamos por 3 a 1. Viramos o jogo porque somos Flamengo, mas ele não estava mais lá.

    Outras estrelas como Denílson, Alex, uns menos talentosos como Alex Silva desdenharam a Nação e sob críticas nos ofendiam e desonravam o manto mais valioso, vitorioso e límpido da Cidade Maravilhosa. E a Nação o que fez? Ignorou até onde deu. Por que com o Deivid, um rubro-negro declarado como nós temos que ser tão duros? Seria a velha e errônea tática de servir o banquete na louça rara aos vizinhos e deixar a família comendo angu no prato amparados no conceito de que “você é de casa e me entende” ou posso entender como ingratidão?

    Deivid erra, Deivid errou, Deivid vai continuar errando, assim como Zico errou. E não pensem que a comparação é profana, absurda, inconcebível, porque não é. Galinho e Deivid nunca se abalaram com os contras da carreira e assim como o atual camisa 9, o lendário camisa 10 já entregou paçocas em jogos decisivos. O jogador muda, o tempo passa, até a torcida se recicla, mas o que nos move é imutável. O vigor que moveu o Flamengo Colossal da década de 80 eram os gritos de apoio que vinham da arquibancada, entrava nos ouvidos, caía no coração e voltava para onde veio, como disse mestre Adílio. Aquela torcida nas vitórias fazia buzinaço, nas derrotas dava um voto de confiança como se cada voto fosse o último. Se o lance era digno de placa eram gritos de louvor, se digno de vergonha, uns xingamentos, aplausos e tímidas palmas que soavam como um “vai lá que eu to contigo. Só não faz de novo.”

    É essa postura que devemos tomar não só com o Deivid, mas com todo o cidadão que vestir rubro-negro e estiver lá honrando o manto e nos representando. Cornetar, xingar, desejar a demissão, se emputecer, são todos direitos inalienáveis do torcedor. Mas recolher e auxiliar um guerreiro ferido é obrigação rubro-negra.

    Pode parecer absurdo diante da bizarrice feita pelo nosso centro-avante, porém o voto de confiança é necessário para que ele e o Flamengo sobrevivam, afinal ele é o que temos. Reconhecer o erro alheio e perdoar requer alguns ensinamentos muito bem registrados na frase abaixo.

    “Comece por fazer o que é necessário, depois faça o que é possível e em breve estará fazendo o que considerava impossível" - (S. Francisco de Assis)


    Flamengo até na Reencarnação!

    PS1: Não deixem de curtir minha coluna semanal no Bandeira Dois.Com clicando nesse link coloridinho e conferindo o que rola por lá.

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