ALVORADA!

Essa É Pra Deixar Malandro Esperto.

Salve Nação que enfim acordou pra cuspir! Antes de qualquer menção acerca da raridade ocorrida ontem a noite naquele estádio vazio, gostaria de, como rubro-negro de glórias mil que sou, alertar-vos que agora o campeonato começou e se alguém tinha dúvidas de nosso título, este pode se juntar a maioria e se preparar para a festa do Hepta. Os mais desavisados devem estar pensando “após uma sova daquelas? O Jo pirou?”. Não galerinha, mas é que já estava dando no saco essa parada de #heptainvicto que estava tomando as redes sociais. A gente entra na pilha,ri,brinca, mas se alguém acreditava nisso, digo que desmanchem a carreira e corram à clínica mais próxima a fim de encontrar cura em tempo aceitável.

Não dá pra sair garimpando pontos de todas as partidas num campeonato de pontos corridos onde qualquer deslize joga equipes menores a praticarem um botafoguismo discarado. E ontem, naquele jogo atípico, foi o que vimos. O Flamengo não jogou mal, apenas não jogou.

Confesso (e peço desculpas), por no momento da partida eu estar comendo picanha e tomando Brahma ao invés de vigiar pelo Mengão, mas estava com um sentimento muito ruim e preferi alimentar essa carcaça morena que leva a todos os cantos. Mas vi alguns lance no VT que passa no Sportv e percebi um Flamengo nervoso, marcando mal, jogando diferente e que paradoxalmente perdia no momento “certo”. Ué pessoal, sei que perder nunca é bom, mas já pensou se o Luxa deixa pra fazer alterações táticas justamente contra nossos galegos de fé? E mais, chegar mordido contra eles é sempre bom, quando o mau é ir enfrentá-los achando que já ganhamos.

Mesmo tendo um jogo pedreira lá no Sul,nos separando de nossos, agora certos, 3 pontos no ex-clássico, nossas mentes devem se voltar para tal jogo, pois agora sim o campeonato começou para o Flamengo.

Vejam nossa Cesta Básica que faturamos pela 32ª vez, esse ano. Comemoramos, foi maneiro, mas não teve aquela graça. Justamente por ter faltado o ingrediente-mor de nossa receita vitoriosa tão almejada e nunca copiada. A emoção. Passamos por cima de tudo e todos, saímos campeões e ao fim nem bêbado consegui ficar. Não deu pra usar aquela frase digna de um trovador, cuja essência transcende o excelente intelecto dos deuses, onde o autor (por certo um semi-deus) dizia no alto de suas palavras “Deixou chegar fodeu!”

Ser campeão sem o uso das cordas vocais, sofrimentos e descrédito alheio não é ser campeão, aqui no ninho. Portanto, saibamos que o freio fora puxado como chuva na sega e não há do que reclamar.

E vejam só que mescla de sapecagem e divindade trás nosso Ultra Mengão. Perdeu na quinta. Porque sabe que hoje é sexta e as chances das memórias passadas sumirem da mente são mais evidentes que o frenesi exagerado de quem desceu ao inferno, visitou a velha, dançou com o capeta e hoje pensa ser capaz de conquistar o céu. Por certo, tais famintos de mundial, donos do segundo frinfa mais estraçalhado do Rio, estão em polvorosa com nossa pseudo-derrota.

É a famosa síndrome da pequinês congênita. Se assemelha ao cara não come há dias, mas ao invés de buscar por comida, torce para que mais andarilhos miseráveis se juntem a ele, e percebendo a inviabilidade de que tal situação se suceda, este passa a sorrir diante de qualquer tragédia, por mais pífia que seja. Em outras palavras. O invejoso.

Mas é como ouvi de minha amiguinha Camila: “Está tendo mais repercussão nossa primeira derrota em meses do que uma vitória valendo título de um timeco adversário.” Mas fazer o quê? Isso é Flamengo e quem não agüenta que vaze fora.

Flamengo até na Reencarnação!