PORRA, FLAMENGO!

Porra!

Não pensem ser comum um blogueiro boladão como eu ficar comentando partidinhas sem expressão numa panela qualquer, pois não é. Mas o Flamengo me causa tantas sensações e emoções que não poderia ignorar uma equipe que consegue transformar pífias partidas de buraco com a avó em verdadeiros prélios sanguinários e intermináveis.

Ontem durante o jogão lá em Bangu estava no décimo quinto sono, roncando feito um porco e fui bruscamente despertado pelo vizinho xingando loucamente o juiz. Achei estranho ouvir alguém tão bravo num jogo contra o Volta Redonda, mas curioso resolvi conferir. Amigos, o que foi aquilo? Gol mal anulado, pênalti não marcado, sapatadas, botinadas, caneladas, furadas e tudo de esquisito que o futebol pode nos proporcionar.

Fora uns adjacentes mal vestidos e frequentadores das séries fétidas do desporto-mor que pela umilhaocentésima vez paravam em frente a TV para secar e fazer acusar na maquininha de audiência que mais uma vez o Mengão bateu juntos Faustão,Gugu, Portiolli e Eliana, fazendo nosso valor de mercado no PPV aumentar ano após ano significativamente. Tsc tsc tsc

Ainda assim mantive-me sereno, tentando ignorar que de fato estava ficando envolvido numa peleja contra os caras da cidade do aço onde os moradores agem como mineiros, falam como paulistas e acreditam ser cariocas.

Jogo vai, jogo vem, comecei a sentir a atmosfera e tirar conclusões durante a partida. E cheguei a conclusões inéditas: Nosso time é feio bagarai, o Léo Moura já morreu, o Nixon nunca chutou nem bunda de galinha, pra ser atacante do Flamengo tem que ser expert em inacreditável e o tal do Hernane é largo feito o Obina e com a habilidade de um Peralta.

E Cambada, quem precisa de mais? Isso é artimanha flamenga para salvar nosso início de ano. Em nossos trinta e lá vai porrada de canecos rurais conquistados mais da metade foram em finais disputadíssimas contra equipes que poderíamos muito bem enfiar o porrete com o aval do presidente. Ou se esqueceram de nosso Bonde Sem Freio batendo os Vices em crise e nos pênaltis em 2011?

Não se aperreiem, tudo faz parte de um mecanismo cósmico-flamenguista para sermos a única Nação que não tentará suicídio em partidas sob um sol escaldante na Baixada Fluminense contra um time que nem o treinador sabe o nome do camisa 9. 

De Quissamã a Barcelona, é o poder rubro-negro trazendo sempre uma dose insana de emoção.

Go Mengo!

Flamengo até na Reencarnação!

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