A Jogada É Boa. Dispensamos O Blefe |
Salve Nação multietnicamente rubro-negra! Peço desculpas por tê-los deixado dias inteiros sem essas letras gaiatas mal-traçadas, mas que comprovadamente é a injeção de ânimo que muitos flamenguistas ainda não devidamente imunizados pelo flamenguismo-anti-ataque-vicerígeno precisa para se manter vivo nesse mar de chororô que se tornou esse estado de que o Flamengo foi oficialmente colocado no posto de objetivo a ser alcançado por essa gente sem festa de Mundial que vira a noite.
Meu sumiço deve-se a uma pessoinha muito especial que presenteou-me com o mais belo livro já lido por esse mulambo analfabeto - não por constatação, mas pela maioria de votos de uma gente nu e desgraçada de time escravagista. Seu nome, Júlia, a tricolor que agraciou-me com um exemplar do livro 1981- O ANO RUBRO-NEGRO escrito pelo jornalista da ESPN, Eduardo Monsanto, onde retrata de forma fidedigna através de depoimentos de jogadores, dirigentes, chefe e embaixador de torcida, torcedores e um acervo incrivelmente flamengo somado a uma pesquisa iniciada em 2006, a formação do super-time rubro-negro campeão de tudo em 1981 - ano em que faturamos a Libertadores, o Mundial e fizemos um certo vice no carioca.
A leitura ímpar de um flamenguismo incomparável despertou-me para uma realidade nada utópica a quem fecha com a mulambagem e não curte mimimi de gente que comemora mingau em festa de feijoada. A realidade de que sempre que o Flamengo conquistou algo que preste, este teve ao seu lado, em seu time, uma equipe de maioria rubro-negra de raiz somada a rubro-negros convertidos, que ao fim davam aquela liga que fazia nossos anos terminarem bem mais maneiros do que tendo que depender do mico de um ex-rival cujo trecho mais glorioso de seu questionável passado é extra-campo.
Peças para uma reetruturação genuinamente flamenga possuímos, a começar por Vanderlei Luxemburgo, rubro-negro declarado que só precisa lembrar que ganhar dinheiro é maneiro, mas deixar a torcida feliz é ainda mais rentável. Pergunta pro Zico. Além dele temos grandes rubro-negros que valem a pena fazer uma forcinha para integrar ao elenco, o que é o caso do Love. Vagner Love será nesse time mais que o atacante matador que a torcida precisa para aliviar o Deivid. Love representará o desejo de ajudar o Mengão contido no coração de cada rubro-negro apaixonado.
Léo Moura já não é mais tão Léo quanto antigamente, mas o cara tem créditos suficientes para continuar na equipe, afinal ele nem vacilou tanto assim, só não rendeu o esperado. Culpa do futebol fora de série que sempre fez questão de apresentar. E aos corneteiros do Léo, torço para que nosso camisa 2, sucessor de Leandro, meta um gol e saia elogiando vossas mães como fez num passado nem tão distante. Qual time no Brasil possui uma lateral mais lateral que o nosso? Nem me venham com papo de lateral do Figueirense, porque o cara é mais zebra que Juninho Pernambucano fazendo gol de falta em 2011. Léo tem que ser o camisa 2 pelo futebol que ainda tem e por tudo que representa.
Mas se existe algo que irá abalar as estruturas do planeta será o dia em que Adryan entrar como profissional. Ressalvas a parte, o menino é o nosso galinho. É inadmissível ver Renato Velharia Abreu entrando pra só meter em equipes bostas enquanto o misto de Sávio com Zico apenas humilha 3 ou 4 defensores por jogo nos juniores.
O destino é nosso amigo, já cansou de nos dar aquela moral. Quando íamos contratar Betinho Bombinha que fazia vexame e pagava de bostão no banco do time do Barça no início dos anos 80, o destino fez com que os vices fizessem a arapuca e impedissem o cara (que mais tarde viria a marcar sua torcida como gado nelore num recorde imbecil) de vestir nosso manto e por consequência ser campeão da América e do Mundo. Foi certamente a maior manta já vista na Via Láctea. Culpa dos vices que tem em seu maior ídolo um cone que nada foi fora do Brasil e cuja fama não ultrapassa a Dutra. Por isso, acredito ser demasiadamente importante ver os sinais do tempo como Thomáz, Adryan, Imperador voltando e nos dando o hexa em 2009, Love fazendo juras de amor e acatar sem blasfêmias as ordens de quem rege os acontecimentos.
Nosso 2011 terminou (dentro do possível) interessante, mas o ano só acabará de verdade quando passarmos pelo perebíssimo Real Vasco da Gama Potossi, que é verdadeiramente uma merda de time que só joga sob a ajuda da estratosfera, mas desde que o Corinthians tolimou esse ano que é melhor ficar cabreiro pra não correr o risco de ir feliz e voltar com o King Kong na bagagem.
A dica está dada, os 30 anos de lambuja já se completaram e 2012 nosso futebol completará 100 anos. Passar o rodo em geral te dói o coração?
Flamengo até na Reencarnação!
PS1: Aê galerinha. Não deixem de curtir todas as segundas-feiras minha coluna esportiva no Bandeira Dois. Bora lá repetir a moral que vocês sempre me deram aqui. Valeu!
PS2: Você Mulambo dominador do mundo que tem um amigo vice, sem noção, o papo é contigo. Ofereça a esses iludidos a leitura do blog recém-nascido Vascaínos S.A do meu brother semi-salvo Thadeu Vascão que sempre que pode dá uma fortalecida aqui nessa casa flamenga. Quem sabe fazendo uma leitura essa gente não deixa de sonhar e acorda pra realidade?
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