O FLAMENGO DELAS, POR ELAS E PRA ELAS

Não Pai, Ela Não Sabe Cozinhar. Mas É Flamengo. - Então Casa Logo Filho!

Nação, muitas pessoas me cobraram o porquê de eu ter deixado passar em branco o dia internacional da mulher sem nenhum textinho que lhes roubassem os 15 minutos. Se eu vos disser que escrever sobre mulher é fácil, posso preparar a bagagem pra Miami, porque fiquei rico. O ser mais lindo, perene e fundamental do planeta trás envolto numa bela embalagem de sorriso encantador um mundo de mistérios que a própria natureza desconhece. Não serei eu o mortal que desvendará o único segredo maior que a Caixa de Pandora. Mas sobre um tipo de mulher eu sei falar: A mulher guerreira, a que acorda cedo, a que beija os filhos, que abraça quem ama, que chora, que ri, que se estressa, mas que se arruma toda pra poder gritar gol. No mundo atual ela é chamada de mulher moderna, mulher guerreira, mas eu prefiro chamá-la de mulher rubro-negra.

Até imagino às vezes o motivo pelo qual Deus deixou o dom de rolar a mamona na marca da cal, majoritariamente ao sexo masculino. Pensem num ser inteligente, bonito, versátil e encantador lotado de habilidade com a pelota? O que restaria a nós? Saberíamos conviver com a certeza de que nada de bom nos foi guardado?

Você rubro-negro conseguiria xingar e desejar viagens infinitas ao colo do capeta a uma pessoa que quando mistura o cheiro do perfume com o do shampoo faz um aroma tão gostoso que seu cérebro processa como incenso de suavidade? Sinceramente o futebol dominado por elas seria belo demais. Não combina com futebol.

Por outro lado, uma batalhadora cheia de si jamais ficaria de migué tendo na conta bancária o salário do nosso camisa 10, antes se enfeitaria mil e faria questão de desfilar sua arte milionária a fim de causa inveja nas recalcadas das arquibancadas que não caberiam em tão profundo desgosto. As vices, as terceironas e as desaparecidas viveriam num tártato terreno perante a superioridade de nossas bravas lutadoras rubro-negras, que nos permitem afirmar sem medo que são as únicas beldades do Rio de Janeiro a conquistarem o mundo.

A mulher rubro-negra é tão soberana que já nasce com o mundo por escabelo de seus pés e frequenta os estádios só pra mostrar a quem anda despercebido que essa bagaça oval cheia de água e terra tem dona e está muito bem dominada.

Como maioria nesse planeta felizardo, obviamente concentramos a maior parte da torcida feminina, deixando que o lado errado da arquibancada se abrace e arrase na arte da pederastia torcedoresca, uma vez que mulher bonita só do lado de cá. E a tendência é que a distância aumente cada vez mais, pois com o Vice se aperfeiçoando na arte da flatulência final, os rebaixados assumindo o lado rosa nesse mundo liberal e os botinhenses sendo recrutados um a um ao cativeiro é mais que certo que em anos, todas as meninas do Brasil serão Mengão, afinal qual mulher gosta de sofrer? Aliás, esses constantes vices que vêm ocorrendo lá no estádio zicado levam muitas mulheres ao pranto, ao sofrimento e isso é uma foram de violência. Cabe Maria da Penha num caso desses?

Mas voltando ao que interessa, desejo de verdade um feliz dia internacional da mulher (atrasado) a todas que fazem do meu mundo mais feliz, mais cheiroso e mais agradável e felicito por todos os dias do ano as mulheres hegemônicas desse Brasil, que vão de lavadeiras, contadoras, passadeiras, patroas, supervisoras, jogadores e prestadoras de serviços extra-conjugais à sociedade carente masculina, por terem não só um dia, mas todos os dias e horas, pois com tantas batalhadoras vestindo o Manto mais cobiçado, amado, odiado e aterrorizante do universo, apenas um dia é claramente insuficiente.

Agora chegou a vez de cantar. Mulher rubro-negra em primeiro lugar. As vascaínas vem depois.

Flamengo até na Reencarnação!

PS1: Não deixem de curtir minha coluna semanal no Bandeira Dois.Com clicando nesse link coloridinho e conferindo o que rola por lá.