UM DOIS TRÊS. O BURGUÊS VIROU FREGUÊS

Botimessi Homofóbico. Terror Dos Sodomitas

Salve Nação Incrivelmente Fodona! Nesse domingo super especial, daqueles que nos dão a esperança de um mundo melhor devido ao alinhamento das coisas que visivelmente estavam fora do lugar, os cosmos e as potestades incumbidas da reestruturação desse mundo cão resolveram trabalhar estilo Casa do Arroz em véspera de Natal.  Eu, como a imensa maioria dessa torcida incrível que apaixona o mundo com sua máquina de provocar recalque estilo industrial, assisti o jogo na maciota urubulesca que fica com um olho no rango e outro na possível vítima. Presenciei nosso massacre a la hermano fazendo a corrente estica e puxa por conta do jogo dos rebaixados lá no Beira Rio. Deu certo! A corrente pra frente impulsionou nosso Mengão para uma vitória com a grife do Mengão Malvado Ai Meu Deus Agora Fudeu e a corrente pra trás deu aquela secada na pressão no timeco de cruz indefinida, estádio ultrapassado e ídolo cone na seleção.

Comecei a tarde já imaginado que o domingo seria perfeito. Tava com aquela preguiçinha mulamba que só quem veste manto com estrela de campeão do mundo conhece. Aquela vontade de ficar de chinelo, sem camisa, deitado, só esperando um mensageiro vir trazer as boas novas. Esse meu cansaço sem motivo sempre é sinônimo de “hoje o Mengão mita”. Logo de cara percebi que a tarde era nossa. Torcidinha pederasta ex-burguesa anti Marx estava com seus saltos em mãos e prontas pra dar aquele chilique que lhe é peculiar. Tacaram talco em nossos guerreiros, calcinhas, absorventes, batons... Fluzetada estava de TPM – Tomaremos Pica do Mengão – e com seus traseiros branquelas preparados para o encaçapamento na esquina.

Porém, nem mesmo o maior profeta da casa de Israel seria capaz de imaginar que o herói seria o argentino mais sem sangue do universo. Botimessi. Cara entrou em campo no ódio, na maldade, pagou de matador de aluguel e só pisou na peleja pra executar o serviço. Homofobia fatal e descarada. Fala verdade. Quem que quando viu o cara na lateral, pronto pra entrar não pensou que ali estaria decretado nosso fim? Eu mesmo só mantive a compostura porque de acordo com o segundo mandamento ensinado no nono período da FFTAB – Faculdade de Flamenguismo Total Alberto Borgheth – “aguentar qualquer cabra infeliz que tenhamos no elenco e apoiá-lo sob qualquer circunstância é valor intrínseco ao nosso amor rubro-negro” senão já teria mandado esse argentino pras profundezas vascaínas há muito tempo.

Jogo super tenso, timeco colorido em pendência com a justiça crente que seria possível uma vitória, torcida rival já se bulinando e beijando na boca quando entra Botimessi revoltado com a pederastia ali presenciada e disposto a jogar terra na festinha do Paulão com o Carlão. Cidadão de São Paulo de Fora fez questão de provar que em Terra de Adão, Ivo não tem vez. Guardou logo um pombo sem asa com sinalizador no toba. Um balaço daqueles que toda e qualquer previsão de como seria cobrada a falta foi pro osso logo na batida. E pra piorar mandou outro head shot na malvadeza máster. Pagou de destruidor de Sodoma sem medo de ser feliz.

Botimessi lembrava um misto de um meia do Dom Pedro, com Alessandro do Anapolina, somado ao Cazé da MTV com uma pitada de Royal Sport Club. Entrou em campo vestido de tudo de ruim que um tricolor poderia imaginar. Parece que fez um intensivão de como irritar um tricolor em 2 passos simples. Falta na gaveta, chute improvável, dá aquele loading e espera a reação. Teve biba gritando, dando siricutico, querendo rasgar a calcinha, ligando pro Pedrão da Oficina... Todos os ataques de pelancagem drag queen no maior estilo “botou com força de sacanagem”.

As tricoletas estão sem chão, pas-mas, enquanto o resto do Rio que não possuem Mundial vêem a arrancada do time mais sacana do Brasil que parou na esquina só pra galera passar e ele dar aquele terror psicológico que sustentou e manteve viva gerações de rubro-negros. Tanto os caras com estádio retrô quanto os cidadãos de estádio alugado que proporcionaram no Malditão – já falei pra não mandarem jogos naquele lugar sombrio cheio de cruz – um espetáculo épico, onde Souza mandou no jogo e comemorou chorando no esquina (kkkk) -, estão aos poucos recolhendo-se àquela insignificância que lhes pertence por direito.

E nesse esquema sacana vamos em frente com nossa sutileza barulhenta botando pra ferver e fazendo a gaiatada flamenga separar a grana da cerva, derrubar o carneiro, engordar o porco e começar o esquema de van pro Engenhão. Porque do jeito que está, essa bagaça é mais nossa que a nossa também acachapante supremacia futebolística municipal, estadual, nacional e galaxial.

E só pra não perder o costume: Chupa, cambada! Mas antes, pega aquele balão que o Botinelli guardou na gaveta!

Flamengo até na Reencarnação!


PS: Aê galerinha. Não deixem de curtir todas as sextas-feiras minha coluna esportiva no Bandeira Dois. Bora lá repetir a moral que vocês sempre me deram aqui. Valeu!