Vencemos Na Fineza, Na Delicadeza |
Nem mesmo o mais pessimista dos
flamenguistas acreditava noutro resultado senão a nossa vitória nesse jogo
interdivisional que vimos na fria noite carioca. Munidos apenas da inexistente
piedade flamenga as galinhas de Minas chegaram já sabendo que estarem putrefatas
e incrivelmente apetitosas à orexia insaciável do urubu, que vinha no ano
vigente sofrendo de uma seca mais assoladora que as caixas d’água do Vasco da
Gama. Era inevitável que nossa perfuração fosse veiosamente dolorosa.
Confesso ter torcido por tudo de
ruim pros galináceos sem praia, mas nunca sequer arquitetei a possibilidade de
vencermos com nosso ataque brincando de chicotinho de fogo – sem pisar no chão.
Não valia gol no solo. A parada era só voleio e bicicleta, que são jogadas de
futvôlei, esporte praticado apenas onde tem praia. Aí ficou fácil pra nós.
Já estava em demasia apelativo,
pois a magnética lotou (dentro do possível) o Engenhão e quando isso acontece
os cosmos e planetas se realinham tornando natural tudo que outrora assim era
considerado, tal qual o Flamengão Matador no topo, mas quando chegou-nos a
notícia do apitaço preparado, remeti-me aos fatídico início dos anos 2000
quando no Maracanã ante o Vice-forever nossas buzinas irritavam a vera os caras
alheios que mal conseguiam escutar as próprias vozes nos contra-ataques.
Acertar uma jogada requeria toda uma mediunidade adquirida e praticada. E logicamente,
meu nível de certeza flamenga subiu uns 200%.
Do Oiapoque ao Chuí nossa confiança
era plena. Até mesmo na terra da Joyce, que embeleza nosso post, Manaus, a
flamengada maioria absoluta sabia que hoje era dia de tomar cerveja no passinho
do frevo com funk. Vencer os Patéticos mineiros era tão certo quando anular o
dentuço que resolveu por uns míseros barões fechar com o errado, monotitulado e
à espera de um milagre já há 12 triênios e 48 meses. Exatos 40 anos de espera
sem fim. Aliás, se a delonga atleticana fosse uma mulher já estaria chegando à
menopausa. Bala de troco esse Patético.
E agora segue sua caminhada
ladeira abaixo para fazer jus à sua fama alvinegra de se auto-reprovar no teste
da farinha e de botafogar ano após ano, seja com fiascos, vices, sacodes ou
rebaixamentos - tsc tsc tsc - ajudando assim a apenas escrevermos mais uma página
nefasta - para eles – em nosso extenso caderno de vítimas recorrentes que
insistem em reincidir na reprovação do tobatest.
Fazer o quê? Faz parte de ambas
as naturezas o resultado dessa ciranda viciada da vida. Agora resta-nos
descansar desse sacode moral que demos nos Gallus
gallus domesticus e seu mercenário improdutivo que pode ao menos uma vez na
vida sentir o poder de 40 milhões de maus agouros em sua direção para focarmos
em nossos irmãos meio-viados que temos a enfrentar próximo domingo.
Será mais um jogo no mesmo estilo
do que presenciamos hoje. A diferença é que lá não precisamos de nenhum juiz
homenageando o incólume José Roberto Wright para nos agraciar com mais um
espetáculo mulambo-futebolístico.
GO MENGO!
Flamengo até na Reencarnação!
PS1: Não deixem de curtir minha coluna semanal no Bandeira Dois.Comclicando nesse link coloridinho e conferindo o que rola por lá.
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