114anos de servidão |
Feliz aniversário, meu amor! É muita felicidade ter a honra de passar mais essa congratulação ao seu lado como nos velhos tempos. Tal qual as mulheres e toda a sua criatividade nos teares nas escolhas das linhas e das cores é nosso amor bandido, mal compreendido e tão difamado entre as plebes. Nosso relacionamento aberto, por vezes me sufoca e embora seja sereno e esnobe não resisto quando vejo outro macho vez ou outra te deflorando e difamando. Justo você, minha portuguesa. Tão bela, serelepe e pimpona!
O mundo mudou desde que você chegou. Tudo ganhou mais cor, nossa vida mais resultados, mais brilho, mais sentido. Nos momento de tristeza, quando a coisa me aparentava não ter solução eis que tu chegavas e o horizonte se manifestava mais rubro, mais negro.
114 anos de sua existência, minha piriguete-mor. Mais de um século me fazendo almejar, rir e chorar de alegria. Lembra-se daqueles períodos em que eu já me encontrava no repouso de meu lar e te via na última peleja que te consagraria à glória? Era bom, era engraçado. Ver-te sempre chorar no último batalhar. Aliás, foi daí que nasceu nosso apelidinho íntimo, gritado e cantado do Rebouças à baixada, de Dutra a Dutra, Oiapoque à Chuí. Vice. Era tão bom quando apenas eu te chamava assim. Sentia-te mais minha. Desejava todos os dias que o mundo se resumisse apenas a mim e você.
Baranga minha,amada minha. Infelizmente devido a sua pouca (quase nula) beleza e a facilidade com que cedes no último passo do peregrinar, nosso amor é proibido.Não poderás ter-me do jeito que desejas, mas ainda assim sei que me amas e que sempre que necessitar tu estarás pronta a me presentear como fizera domingo passado. Que noite, quanto love!
Saiba portuga minha que poder contar com você é um dos motivos pelo qual por muitas vezes me mantive vivo. Obrigado, minha meretriz. O mulambo que deseja, também te agradece. Mas peço-te que mantenha em sigilo todo esse desenrolar escrito que agora lês, porque como Macho Dominante dessa manada e soberano na cadeia alimentar que sou, sabes que não és única e que preciso ir.
Todavia tenha em mente que todo seu esforço nesses 114 anos foram contabilizados e que nosso caso, embora apenas um lance jamais se acabará. Te amo, fêmea minha! E espero em dezembro novamente te encontrar.
Do seu Mulambo,
Mengão.
Flamengo até na Reencarnação!
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