CEM ANOS DO PRIMEIRO "PUTA QUE PARIU" ALHEIO.

Gustavo Adolpho De Carvalho. Pioneiro Em Gols Rubro-Negros

Puta que pariu, Nação! Desculpem, mas a emoção é tanta que não achei palavra no mundo que retrate melhor esse dia do que o já tão citado realçador de esbravamento de emoções, puta que pariu. E olha que essas três palavrinhas servem para nós que fechamos com certo e para a peladaiada que sonha um dia ser Flamengo ou como Ele, afinal além de fodões, insuperáveis, onipotentes e dominantes somos o único caso em que o Puta que Pariu veio antes e depois da merda ter sido feita. Explico.

Geral já conhece aquela batida história do Florminense que tinha um time de futebol e blá blá blá, mas resolveu aprender remo porque achou interessante pegar no pau aí o Borgerth viu que esse lance tava afeminado e resolver desemboiolar quem já estava se emboiolando e chamar mais uns caras para assinarem com o lado másculo da força,o Mengão. Mas o que ninguém sabe é que logo após verem aquele uniforme quadriculado de vermelho e preto enfiar 16 ovos cloaca a dentro do coitado do Mangueira, as bibas tricoletas seguiram a lógica natural das coisas e soltaram o primeiro Puta Que pariu desde a fundação do futebol do Mengão. Galera, o próximo jogo era contra elas.

Do mesmo modo o time viceado e o time de coitado fundado em 1942, mas que usa glórias de um outro Botafogo para cantar campeão em 1910 ou 1907 (nem eles sabem ao certo) soltaram o puta que pariu de efeito adiantado, porque nem sequer havia especulação de enfrentá-los e as pernas brancas e enrugadas das tristezas já tremiam. Flamengo há 100 anos dando alegria e botando geral pra preparar o toba pro ovo.

Putz, 100 anos. Gustavo de Carvalho há um século fazia a Nação (que já nasceu a maior do Brasil sendo o primeiro time a ter uma torcida) gritar seu primeiro gol. 100 anos de gente se abraçando e mandando as mães alheias para lugares longínquos e indesejáveis. Há registros de que fomos os primeiros a soltar um palavrão at estadium e isso também faz 100 anos.

Aí eu vejo como no Flamengo tudo tem seu tempo e uma razão de ser. Já existia quem praticasse o desporto-mor no Brasil, mas o pioneiro enjebamento com uma dúzia e mais quatro ovos logo na estreia duma equipe que geral nem conhecia, mas tremia fez com que o resto da negada corresse atrás do doutor e já preparasse a agenda para a reconstrução da honra tamanha a iminência do futuro prejuízo.

Penso também que todo ser nascido em 3 de maio deva por lei ser Flamengo (ou se manter, já que provido de inteligência todos nascem) querendo ou não e sujeito a pena de morte. Falo isso porque é uma data mais memorável que a morte de Tiradentes, descobrimento do Brasil ou o golaço do Pet no tri, e ainda mais porque tenho ciência de uma torcedora rubro-negra nascida nesse dia que (permitam-me a repetição) puta que pariu. Mais Flamengo que ela só a Nação unida. Nem Marcelo de Lima Henrique, Rede Globo,Darth Vader e toda essa conspiração que os rebaixados dizem existir a superam no quesito “flamenguismo pra cacete e olhe lá”. Sabe aquelas pessoas que a cada gol parece um título e que a cada vacilo dá um esporro tão alto que abala até as estruturas de quem não tem nada a ver? Então, ela é pior que isso. Diante de tanto flamenguismo racional (como já disse Mestre Arthur) não posso nunca me opor a ideia totalmente constitucional de obrigar qualquer infeliz nascido ou por nascer, que uma vez abrolhado em 3 de maio seja Flamengo sem contestação. Um cara que vem ao mundo nesse dia e vira a casaca é um filho da puta com pompa. Não soube honrar a dádiva que Deus olhe deu e merece mesmo se foder em gozações desde o maternal até o cumprir de sua efemeridade.

Então, nesses 100 anos de Flamengão no topo bora relembrar os esquecidos de que isso aqui é Flamengo e embora sejamos maioria é coisa pra quem tem ovo. Caso contrário a porta da vergonha fica logo ali em São Januário, General Severiano ou Laranjeiras. É só escolher.

Flamengo, há 100 anos fazendo rubro-negros para além da Reencarnação!