Hoje Sim E Pra Caralho |
Já fui mais freqüentador desse
cafofo mulambo, mas confesso que o mimimi pré-vice das bigodudas viúvas do Ed e
de ídolo que rebaixa a equipe muitas vezes tem me feito esquecer um pouco esse
refúgio flamengo. Sorry, mulambinhas e mulambões, prometo rever meus conceitos
quanto a isso. Mas foda-se que hoje o dia é de festa. Não se fala em outra
coisa no eixo Mercúrio/Sedna que do - mais certo que arroz em casamento – vice do
Vasco.
Porra, não tinha como ser
diferente. Uma torcidinha que se apequena a cada segundo, que torcedores com
menos de 30 anos sequer viram seu time vencer o rival numa final, que nos
últimos 5 anos se rebaixou tanto quanto Sport e Ipatinga, não pode ser capaz de
levar sua equipe sequer a ser campeã interbairros de bola de gude a vera.
Esses pela-sacos felá duma póta
conseguiram tirar meu tesão do Carioquevisk. Primeiro jogo da final passei
jogando THE SIMS e ontem fiz de tudo pra ficar bêbado bem antes do início do
prélio, todavia meu sangue mulambo me privou de tal façanha, transformando-me
numa esponja e cortando qualquer possibilidade de embriaguez proposital. Meu
sangue rubro-negro sabia que algo muito bom viria.
Jogo morno, Vascote pressionando,
aquela mesma ladainha de toda final que sempre acaba vascando no final. Ali eu
já entendi que o fim seria mais uma vez tragicômico ao timeco de estádio mal
localizado, cheio de cruz e cenário do maior harakiri frustrado que, desde
Adão, se tem notícia. Até o energúmeno imbecil que quase bota tudo a perder
entrou em campo. Erazo. Erazo que me faltava!
Mas poupem o equatoriano. Ele
funciona como um Judas. Um imbecil, maledeto de uma figa que precisa ser
entregue às cobras para que o fim da história seja digno de um filme de Spike
Lee. Um triste ato que só brinda a peça. Erazo deu um carrinho tão torto, mas
tão torto que quase me lesionei. Mais um pouco e ele nos lesionava. E eu
poderia jurar que Dom Felipe defenderia aquele pênalti do VAI TOMAR NO CU, Dougláaasss,
mas como disse, certos atos precisam acontecer.
Assim como a SAB (Síndrome de Américo-Botafoguismo)
que chega avassaladora em São Janu Mangalô Três Vezes. Será que os infelizes de
faixa de campeão bordada (porque vestir uma tá foda) se esqueceram que a maior
característica de um bom chineleiro, desdentado, duro e analfabeto é comer o
melhor prato do restaurante, tirar a barata do bolso, tacar no meio do feijão,
reclamar bem alto e sair sem pagar a conta? Amigo, isso aqui não é Vasco. Seja
na barata, seja no cupom, seja no desconto ou sendo amigo do garçom. Mulambo
que é mulambo dá um jeito de nunca sair no preju. Como bons fregueses, deveriam
ter atentado a isso. Tsc tsc tsc. Sabem de nada, inocentes.
Márcio Araújo, selecionável
incontestável, fez o favor de ao estilo “tem barata no meu caviar” meter um
bico no gol bem na hora que o garçom já ia recolhendo o prato. Simplesmente
genial. Exatos 18 cm impedido. Perfeito. O tamanho primoroso de uma ferramenta
destruidora. Nada que se compare aos 33 kidbengalianos da Taça Guanabara, mas
se somarmos já são 51 cm de jeba a dentro num campeonato só. Entendido o motivo
do choro. Deve doer pra valer.
Mas nós não temos nada com isso.
Como penetradores inefáveis, inescusáveis e inesquecíveis, só nos resta
comemorar. Sorrir é tão livre quanto chorar.
Ipatinga, Londrina, Ituano e
Bahia de Feira de Santana mandam um afável #beijinhonoombro a quem nos últimos
11 anos sequer conseguiu levantar uma porra de uma taça estadual, com 80% dos
clubes sendo de baixa renda, sequer uma única vez. Cambada de incompetentes. E
chorem mais alto, porque dá série A eu não vos escuto.
Flamengo até na reencarnação!