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    segunda-feira, 11 de março de 2013

    EU SEI QUE A CULPA FOI MINHAAAA! ♫

    Após Um Detalhado Estudo Patológico... Eis A Causa Do Problema


    Caramba negada, quanta saudade desse cafofo empoeirado cheirando a torresmo e desodorante Alma de Flores! Ando tão fadigado com meus múltiplos ganha-pães que nem tempo de pisar nessa casinha eu tenho mais. Fazer o quê?

    Mas hoje eu precisei dar uma passada por aqui, ainda mais depois de um flash back, outro déjà-vu viceíno, que nunca se cansam de dar piada pra jornalista na berlinda. Com esses vices consecutivos a Dona do Bigode segura na ponta unha vários empregos nas redações tupiniquins. As piadas de vice são as mais fáceis e rentáveis do eixo Mercúrio/Netuno. E quando na iminência de uma final contendo os filhos do Manoel com a Maria, toda a imprensa fica em polvorosa e a mulambada alvoroçada com a já previsão da piada que dura até o novo vicear.

    E você ainda dizendo ser impossível o time dos remanescentes pré-históricos vencerem a Baranga da Gama. Compreendo que diante da inexorável lógica do botafogamento em finais fica complicado crer num triunfo até mesmo contra os pélas do Atlântico Leste, mas porra, é o Vasco, caralho!

    Eles não sabem onde conseguiram tamanho ranço, qual a origem desse já fadigoso final vice-feliz. Já atribuíram a uma possível missa não rezada na inauguração do estádio mais modesto, barato e vice-mal-localizado do Rio, culparam nosso mascote e sobrou até pro Vasco (o navegador) que conseguiu o feito inédito de não ser condecorado príncipe, mas vice-rei. Putz!

    Calma, que tudo tem explicação!

    Antes de 1998 não era tão comum ver o Vasco vice. Após a lendária torcida Fla-Madrid e as inesquecíveis piadas que sucederam o 1º vice Mundial do Rio de Janeiro, o torcedor rubro-negro se empenhou em ligar o rival perpetuamente à fama de ser o segundo colocado. Em 1999, na final do Carioca, após o gol de Rodrigo Mendes foi entoado o primeiro "Vice de novo". De lá pra cá foram mais de uma dezena de vices para o time pateomaltotemplarioescravagista. ou seja, eles podem até dizer que não ligam, mas nós fizemos a nossa história, a história do Rio e ainda borramos a deles.

    Sim, a culpa é toda nossa e como pretos, mulambos favelados, analfabetos, marginais, maconheiros, chineleiros, vendedores de queijo na praia e amantes da trindade torresmo, cerveja e xaveco em mulher feia, sabemos que precisamos nos redimir. Mas não dá. Ser azucrinante e inconveniente está arraigado ao nossa flamenguismo. Flamenguista não-chato ou é mudo ou já morreu. E geral sabe disso.

    E exatamente por essas constatações de nosso chatismo genético proposital que me espantei com o mimimi pós vice again de que estaríamos torcendo pelo time dos seis velhacos campeões de dama da Lapa. Ora, flamenguista é mulambo. É do tipo que se contenta com o mal feito alheio. Ele não liga se está com fome e ainda zoa o amigo que comeu, mas tem feijão no dente. Por isso não entendi o espanto ante nossa comemoração foguinhense. O flamenguista existe pra duas coisas. Ser chato e irritar - não necessariamente nessa ordem.

    Ok, existia a piada do chororô de Recruta Severiano, mas nós amamos sempre a melhor piada. Fora que... Pensei que três vices seguidos, no Fantástico, poderia pedir a música.


    Flamengo até na Reencarnação!


    PS1: Não deixem de curtir minha coluna semanal no Bandeira Dois.Comclicandonesse link coloridinho e conferindo o que rola por lá.

    PS2: Aproveitem os cliques e curtam a página do jornal A VOZ DO POVO, minha nova empreitada. Rubro-negro que é rubro-negro se fortalece.



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