Após Um Detalhado Estudo Patológico... Eis A Causa Do Problema |
Caramba
negada, quanta saudade desse cafofo empoeirado cheirando a torresmo e
desodorante Alma de Flores! Ando tão fadigado com meus múltiplos ganha-pães que
nem tempo de pisar nessa casinha eu tenho mais. Fazer o quê?
Mas
hoje eu precisei dar uma passada por aqui, ainda mais depois de um flash back,
outro déjà-vu viceíno, que nunca se cansam de dar piada pra jornalista na
berlinda. Com esses vices consecutivos a Dona do Bigode segura na ponta unha
vários empregos nas redações tupiniquins. As piadas de vice são as mais fáceis
e rentáveis do eixo Mercúrio/Netuno. E quando na iminência de uma final
contendo os filhos do Manoel com a Maria, toda a imprensa fica em polvorosa e a
mulambada alvoroçada com a já previsão da piada que dura até o novo vicear.
E
você ainda dizendo ser impossível o time dos remanescentes pré-históricos
vencerem a Baranga da Gama. Compreendo que diante da inexorável lógica do
botafogamento em finais fica complicado crer num triunfo até mesmo contra os pélas
do Atlântico Leste, mas porra, é o Vasco, caralho!
Eles
não sabem onde conseguiram tamanho ranço, qual a origem desse já fadigoso final
vice-feliz. Já atribuíram a uma possível missa não rezada na inauguração do
estádio mais modesto, barato e vice-mal-localizado do Rio, culparam nosso
mascote e sobrou até pro Vasco (o navegador) que conseguiu o feito inédito de
não ser condecorado príncipe, mas vice-rei. Putz!
Calma,
que tudo tem explicação!
Antes
de 1998 não era tão comum ver o Vasco vice. Após a lendária torcida Fla-Madrid
e as inesquecíveis piadas que sucederam o 1º vice Mundial do Rio de Janeiro, o
torcedor rubro-negro se empenhou em ligar o rival perpetuamente à fama de ser o
segundo colocado. Em 1999, na final do Carioca, após o gol de Rodrigo Mendes
foi entoado o primeiro "Vice de novo". De lá pra cá foram mais de uma
dezena de vices para o time pateomaltotemplarioescravagista. ou seja, eles podem até dizer que não ligam, mas nós fizemos a nossa história, a história do Rio e
ainda borramos a deles.
Sim,
a culpa é toda nossa e como pretos, mulambos favelados, analfabetos, marginais,
maconheiros, chineleiros, vendedores de queijo na praia e amantes da trindade
torresmo, cerveja e xaveco em mulher feia, sabemos que precisamos nos redimir.
Mas não dá. Ser azucrinante e inconveniente está arraigado ao nossa
flamenguismo. Flamenguista não-chato ou é mudo ou já morreu. E geral sabe
disso.
E
exatamente por essas constatações de nosso chatismo genético proposital que me
espantei com o mimimi pós vice again de
que estaríamos torcendo pelo time dos seis velhacos campeões de dama da Lapa. Ora,
flamenguista é mulambo. É do tipo que se contenta com o mal feito alheio. Ele
não liga se está com fome e ainda zoa o amigo que comeu, mas tem feijão no
dente. Por isso não entendi o espanto ante nossa comemoração foguinhense. O
flamenguista existe pra duas coisas. Ser chato e irritar - não necessariamente
nessa ordem.
Ok,
existia a piada do chororô de Recruta Severiano, mas nós amamos sempre a melhor
piada. Fora que... Pensei que três vices seguidos, no Fantástico, poderia pedir a
música.
Flamengo até na
Reencarnação!
PS1: Não deixem de curtir minha coluna semanal no Bandeira Dois.Comclicandonesse link coloridinho e conferindo o que rola por lá.
PS2: Aproveitem os cliques e curtam a página do jornal A VOZ DO POVO, minha nova empreitada. Rubro-negro que é rubro-negro se fortalece.
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