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    segunda-feira, 1 de outubro de 2012

    QUEM NUNCA COMEU MELADO...

    Uma Vez Regata, Sempre Regata... Será?


    Sabem como funciona, né? Vagabundo cansado de dançar kuduro no colo veioso do capeta quando solta um barro e passa despercebido pelo teste da farinha vai às forras e faz a festa. Não podia ser diferente após mais um clássico intedivisional. Por isso, meu brother tricoleta Felipe Castro me mandou essa letra e pediu pra que eu postasse aqui no cafofo. É óbvio. Água no feijão é o que não falta. Mas mentira aqui não,então resolvi dar um rebatida.

    Ficou maneiro, podem conferir. O verdinho é ele e o de branco sou eu. Só pra refrescar a memória.

    UMA PROVOCAÇÃO EM FORMA DE CRÔNICA AOS MEUS AMIGOS FLAMENGUISTAS

    O Flamengo nunca cairá, mas se cair (incoerente isso, mas é verdade), sua torcida o trará de volta em qualquer SITUAÇÃO. Assim como outras de outros grandes clubes fizeram. Antigamente não acreditavam que o Brasil pudesse ser campeão do Mundo, depois não acreditavam que times grandes pudessem cair no Brasileirão.

    Logo no abre-alas percebe-se a incoerência argumentativa pederasta  em comparar o Flamengão Poderosão Campeão de Tudo e Soberano Hegemônico Estadual com seu irmão mais velho que não soube honrar a paudurecência exigida a todos os homos sapiens testosteronados do Brasil. Onde já se viu imaginar-nos jogando com Ézio e Magno Alves contra o Lagartense e agourando o Pé de Foice? “Ecso non ecxiste”, já diria Pd. Quevedo.

    Muitos acreditaram que o Fluminense fosse 'acabar' quando sucumbiu ao abismo da terceira divisão.

    Mas não acabou? Se não acabou na derrota da queda, acabou na vergonha da subida, mas isso só vale pra quem passou no teste da farinha e não deve favores sexuais a Ricardo Teixeira, Eurico Miranda, Satanás e afins.

    O Flamengo pode cair sim, se seus dirigentes incompetentes permitirem. Não há nada na Bíblia ou, simplesmente no regulamento do campeonato, que 'proíba' isso.

    Começou a heresia. Nossa bíblia – o Manual Alberto Borgerth de Flamenguismo Total – diz explicitamente que “mesmo em eras de densa desventura administrativa e visível deficiência no corpo da equipe sempre haverá ao menos quatro infelizes cujo poderes do descenso a eles serão delegados. Sendo oferecidos em forma de sacrifícios vivos às séries subalternas do esporte bretão em forma de agradecimento, reverência e honra a tudo que o objeto Flamengo fez, faz e representa no cenário sócio cultural e desportivo do Brasil.”

    Fato é que nunca cairá a ficha de sua torcida, se algo tão catastrófico acontecer. Antes de 96, eu diria que o Fluminense nunca fosse cair, ainda mais para a terceira divisão. Uma mancha na história de um grandíssimo clube, pioneiro em suas atividades. Essa mancha só faz engrandecer ainda mais qualquer vitória desse clube, pois só quem lambe o pão que o diabo amassou, sabe dar valor a verdadeira vitória, muito mais do que taças revestidas a ouro expostas numa sala pomposa de troféus. Saber reconhecer a humildade de ter passado pelo pior momento da sua história, e sem perder sua grandeza, estar a um passo de poder desfrutar de mais um título, podendo ser bi campeão brasileiro em 3 anos, isso sim é uma dádiva.

    Apossar-me-ei de apenas um pedaço do pilhérico,espirituoso parágrafo.

    “Essa mancha só faz engrandecer ainda mais qualquer vitória desse clube”.

    Uma frase dessas é semelhante ao bêbado dizendo: "Dei mole, bebi demais, caí, dei a bunda loucamente, perdi o toba, mas aprendi. E graças ao meu aprendizado sou mais homem que você." 

    Mas vindo de um tricolor, compreende-se.

    Muitos ainda dizem que não temos uma Libertadores, mas o time que foi ao inferno e voltou, com a mesma classe e grandeza com a qual foi criado e obteve suas principais conquistas.

    Carece de fontes.

    O seu passado glorioso nunca será alterado, suas conquistas (Como seus inúmeros cariocas, 3 brasileiros, Taça Olímpica dada ao principal clube, exemplo de direção e ligação a sua torcida, no primeiro cinquentenário do século XX, sua Copa Rio, uma espécie de torneio interclubes com os principais times do mundo, dentre outros), e seus fracassos nunca serão esquecidos. Bobos são os que acham que nunca perderão, que sempre arrumarão um jeitinho, aquele bem brasileiro, de sair sempre 'por cima' nas diversas situações determinadas. Bobos são esses que pensam e se escondem no meio de uma maioria, viram os senhores da razão dentre as milhões de vozes que calam sua individualidade.

    “Milhões de vozes que calam sua individualidade.” Dorgas, Manolo?

    Há de chegar o dia em que todos entenderão que a torcida do Flamengo não é a união de 40 milhões de vozes, mas é própria, unicista, dona de si. A torcida do Flamengo é nome próprio com registro e muito bem documentada, patrimônio cultural e justamente tombada. A regra mais antiga da humanidade é que nada se consegue se houver reprovação da maioria e só por isso todos os 3 patetas de jogos às 11 da matina em vespeiros nunca conseguiram aparecer ao mundo. Não é culpa do Flamengo. É culpa da torcida do Flamengo, pois como bem disse Rica Perrone “Dê 20 Libertadores ao São Caetano e o veja ainda ser pequeno. Porque o que faz um time grande, expressivo e respeitado não são apenas títulos, mas o tamanho da sua torcida."

    Pensem vocês, o que aconteceu ontem só serve como um aviso, nem sempre um monte de gritos e 'caras feias' vão servir, não é sempre que a bola entra, e nem todo dia se ganha. Um time campeão começa a ser construído na derrota. No primeiro FlaxFlu os reservas do Flu venceram por 3 a 2 dos ex tricolores e 'grevistas' do Flamengo. O Fluminense caiu para a terceira divisão, o Flamengo não. Mas quem nasceu para ser Clube de Regatas, nunca será Football Club!

    S.T.

    Felipe Castro

    Pega-se um texto fora de contexto e cria-se um pretexto. Obviamente ontem a bola não ia entrar, no primeiro Fla-Flu deu Flu, mas olhe todo o corpo de Dona Joana e veja que ela não é tão gostosa assim. Ao longo desses 100 anos de co-existência vencemos mais confrontos diretos, fizemos mais gols, levamos menos gols, temos maior série de vitórias, menor jejum de gols, conquistamos mais títulos, trouxemos mais adeptos, honramos mais o manto, conquistamos mais vezes o Rio, mais vezes o Brasil, mais vezes a América e de quebra rubro-negramos o mundo.

    O pensamento tricolor é tão antiquado quanto seu nome, ainda do tempo em que football e club não tinham suas versões em português. E de fato seja verdade que uma vez regata sempre regata, mas o Flamengo é o paradoxo do paradoxo paradoxal paradoxalmente ao paradoxo primeiro e ter atingido a alcunha de Rei do Rio e Campeão de futebol pelo Mundo é a cara do Flamengo.

    Tão grande que até pra se fazer notar, os antis precisam associar suas histórias à do Flamengo. É o poder rubro-negro de se fazer entender e levantar cifras.

    Na próxima vez que quiser uma expurgação e associação na imagem é só pedir que a gente manda a uma foto. Nem precisava disso.

    GO MENGO!

    Flamengo até na Reencarnação!

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